O e-commerce brasileiro sofre uma tentativa de fraude a cada cinco segundos, com golpes a partir de compras feitas com cartões de crédito clonados. É o que mostra levantamento realizado pela Konduto, em seu estudo Raio-X da Fraude, que levou em consideração uma amostragem de mais de 40 milhões de transações, entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2017.
O estudo aponta que o índice de tentativas de golpes virtuais foi de 3,03%, o que corresponde a uma transação fraudulenta a cada 33 processadas no comércio eletrônico. O valor representa somente as tentativas de fraude, e não necessariamente a taxa de fraudes efetivas do e-commerce brasileiro.
Segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico, o e-commerce nacional recebeu mais de 203 milhões de pedidos ao longo de 2017. Se 3,03% delas são de origem fraudulenta, mais de 6 milhões de transações foram feitas por estelionatários utilizando cartões clonados durante os 365 dias do ano. Quase uma compra criminosa a cada 5 segundos.
Tom Canabarro, co-fundador da Konduto, destaca que a maioria destas transações ilegítimas é barrada pelos sistemas antifraudes ou pelo lojista antes mesmo da aprovação do pagamento na hora da compra, e os produtos sequer são enviados ao fraudador. "Um e-commerce saudável não pode ter uma taxa de fraudes superior a 1% do faturamento, sob risco de advertências, multas e até mesmo descredenciamento junto às operadoras e bandeiras de cartão de crédito", diz.
Redução
A taxa de tentativas de fraude em 2017 ainda é considerada elevada, mas apresentou uma redução de 15,4% em comparação ao índice de 2016, de 3,58%. Uma explicação para esta queda, segundo a Konduto, é o crescimento de todo o ecossistema do e-commerce no Brasil, com um mercado cada vez mais maduro e com soluções que oferecem alta tecnologia e segurança para lojistas e clientes.
"Este é um mal inerente ao comércio eletrônico, e infelizmente não há e-commerces à prova de fraude. A real função de um sistema antifraude também não é de garantir fraude zero para o lojista, mas de aprovar o máximo de compras diante do menor risco possível. Ou seja: administrar o risco de maneira consciente e orientada ao lucro", completa Canabarro.
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