O Brasil é um dos países que mais perderam dinheiro com ataques cibernéticos em 2017 – atrás apenas da China. Durante o ano, 62 milhões de usuários brasileiros foram vítimas de hackers, o que representa 61% da população adulta conectada. As perdas financeiras totalizam 22 bilhões de dólares (cerca de 71 bilhões de reais). Os dados são do estudo Norton Cyber Security Insights 2017, da empresa de segurança Symantec.
De acordo com a pesquisa, cada pessoa perdeu, em média, 34 horas com as consequências dos ataques. As vítimas também têm um perfil semelhante: a maioria são da geração millennials, jovens entre 18 e 34 anos, que vivem cercados de dispositivos mobile, mas deixam de lado a segurança cibernética – o grupo tende a usar a mesma senha em várias contas ou compartilhá-la com outras pessoas, por exemplo.
No geral, os usuários brasileiros ainda cometem erros de segurança considerados básicos. Entre os entrevistados, 59% compartilham as senhas, 34% escrevem a informação em um pedaço de papel e 24% usam a mesma senha para todas as contas.
A senha online de conta bancária também costuma ser compartilhada pelos usuários (18%). Mesmo assim, 83% afirmam se preocupar com o roubo deste tipo de dado.
Ainda que a maioria dos entrevistados (83%) acredite que o crime cibernético deveria ser considerado um ato criminoso, alguns comportamentos são consideráveis aceitáveis, como ler os e-mails de outra pessoa sem consentimento (25%), compartilhar informações falsas nas redes sociais (19%) e se usar uma identidade falsa (22%).
Em todo o mundo, os hackers roubaram 172 bilhões de dólares (cerca de 557 bilhões de reais) de 978 milhões de consumidores em 20 países durante 2017.
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